domingo, 24 de julho de 2011

Dança lenta





Tecnica: Scrapbook digital

Dança Lenta

Alguma vez você já observou crianças num carrossel?

Ou ouviu a chuva batendo no chão?

Alguma vez já seguiu o vôo errático de uma borboleta?

... Ou fixou o olhar no sol no crepúsculo?

É melhor você diminuir o passo.

Não dance tão depressa...

O tempo é curto,

a música vai acabar...

Você corre através de cada dia voando?

Quando você pergunta "Como vai?"

Você escuta a resposta?

Quando o dia finda, você fica deitado na cama,
com os próximos afazeres rolando por sua cabeça?

É melhor você diminuir o passo.

Não dance tão depressa...

O tempo é curto,

a música vai acabar...

Você disse alguma vez a uma criança:

"Vamos deixar para fazer isto amanhã?"

E na sua pressa, não viu a tristeza dela?

Perdeu contato, deixou uma boa amizade morrer porque
você nunca tinha tempo para ligar e dizer "Oi"?

É melhor você diminuir o passo.

Não dance tão depressa...

O tempo é curto,

a música vai acabar...

Quando você corre tão depressa para chegar a algum lugar,
você perde metade da satisfação de chegar lá.

Quando você se preocupa e se apressa em seu dia todo, é
como se fosse um presente que não foi aberto...

Um presente jogado fora!

A vida não é uma corrida...

Leve-a mais devagar...

Ouça a música...

Antes que a canção ACABE!

Vivamos nossa vida sem ódio, sem mágoas, sem machucar pessoas,
principalmente as pessoas que vivem mais próximas de nós.

São as pessoas que nos amam como somos e com as quais somos
verdadeiros, sem máscaras, com nossas dificuldades e somos perdoados.

Se estamos aqui com essas pessoas tem uma razão maior de ser, então...

Ouça a música...

Antes que a canção ACABE!

(este poema foi escrito por uma menina em estado terminal de doença,
num hospital de Nova York).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Segredo








“Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via

Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha”

Chico Buarque

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cheirando a jasmim






Cheirando a jasmim

"Virgem, filha minha
De onde vens assim
Tão suja de terra
Cheirando a jasmim
A saia com mancha
De flor carmesim
E os brincos da orelha
Fazendo tlintlin?
Minha mãe querida
Venho do jardim
Onde a olhar o céu
Fui, adormeci.
Quando despertei
Cheirava a jasmim
Que um anjo esfolhava
Por cima de mim."
(Vinícius de Moraes)